Não há nem um pedaço da minha vida que faça o mínimo sentido. Perdi-me de mim, algures, entre o antes e o agora. Não sei para onde fui…
O meu maior objectivo, desde que me lembro de ser eu, foi o de encontrar o amor.
Sim, esse cliché poético era o meu maior sonho. Talvez seja o de toda a gente.
E depois, passados 18 anos a sonhar, encontrei-te. Julgo que te amei desde o primeiro momento. Desde aquela conversa na estação dos comboios. Sim, desde essa troca de olhares que senti algo, instantaneamente, apesar de não saber bem o quê. Sabia por dentro que eras diferente. A minha alma despertou uma parte de mim que eu não conhecia, despertou-te em mim.
E desde esse dia que nunca mais abandonaste a minha mente. Desde esse dia que o meu coração te pertence, de um forma que , julgo, não te apercebes.
Foste o meu sonho tornado realidade. Foste tudo para mim. TUDO.
E continuas a ser…
Eu sei que todos os erros que cometi não te deixam estar comigo. Sei que tudo o que te fiz revolve no teu ser, atormentando-te.
Mas acredita, por favor acredita, que esses mesmos erros me destroem a mim também todos os dias. Porque tive tudo o que um dia quis, tudo, e agora… agora, por culpa minha, estou sozinha, agoniando a cada segundo, ansiando pelo meu último suspiro.
Amo-te tanto… tanto como há dois anos atrás, quando te conheci.
Já passaram seis meses desde que nos separamos, e ainda continuo aqui, com o mesmo sonho de sempre… encontrar o amor, reencontrar-te a ti, novamente.
Por isso imploro-te que encontres forças em ti para me perdoares. Imploro-te que não me esqueças, que não esqueças o nosso amor, porque… se há neste mundo coisas puras, sentimentos realmente puros, o nosso amor era um deles.